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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aborto legalizado no Brasil - Ação das trevas ou omissão dos espíritas?

Há muito tempo, alertas vem sendo dados acerca da ameaça da legalização do aborto no Brasil, o que se constituirá num dos maiores carmas que esta Nação pode enfrentar na sua história.

Há muito tempo benfeitores espirituais vêm nos mandando mensagens, através de Chico, de Divaldo e de vários médiuns conceituados, alertando-nos contra essa triste ameaça.

Há muito tempo vimos clamando, enérgica e até desesperadamente, por uma união entre os espíritas, por um esforço por entendimento e melhores diálogos entre os espíritas.

Há muito tempo vimos clamando para que o movimento espírita dispa-se de toda a roupagem da hipocrisia e entenda a importância de nós espíritas, também, participarmos ativamente das discussões políticas do nosso país, posto que qualquer espírita lúcido, consciente e que tem o mínimo de inteligência sabe que quem decide as leis em um país são os políticos.

Todo mundo viu o Deputado Federal Luiz Bassuma, espírita, grande bandeirante na luta contra o aborto, ser expulso do PT, o partido que governa o país, porque recusou-se a portar-se conforme as conveniências do partido, que sempre foi e é a favor do aborto, preferindo manter a sua fidelidade, prioritariamente, aos princípio éticos e morais ensinados pela Doutrina Espírita.

Recentemente, quase em desespero, tomei a iniciativa de realizar, em São Paulo, o Primeiro Encontro Nacional de Parlamentares Espíritas, convidando os espíritas a um estudo, um diálogo, uma troca de ideias acerca da importância, da necessidade e da urgência do movimento espírita, também, tratar de estudar a indicação de companheiros nossos, preparados para também nos representar no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas, nas Câmaras dos Vereadores e na política em geral.

A resposta foi o salão nobre da Câmara dos Vereadores de São Paulo vazio e ficarmos, como idiotas, falando aos ventos, como uma voz que clama no deserto.

De repente, hoje, começo a ver a minha caixa postal cheia de e-mails de espíritas dizendo que “as ações das trevas estão se fazendo presentes no Brasil”, por causa das recentes decisões tomadas em Brasília.

Meus amigos, que me desculpem o desabafo, mas estou fazendo um esforço enorme para controlar os meus dedos no teclado do computador, para me conter na hora de responder a esses e-mails.

Sinceramente, se eu fosse responder mesmo, dizendo para esses “espíritas” o que está no fundo do meu coração, tenho certeza de que as fragilidades e os sofismas de muitos iriam dizer que eu estaria sendo agressivo e faltando com a caridade para com o movimento, posto que o nível de inteligência atrofiada de alguns só consegue ver agressividade e nunca o que há de profundo no conteúdo dos temas que tenho procurado abordar aqui por esta tribuna.

Ainda vêm dizer, no maior cinismo do mundo, que são simples ação das trevas?

Continuamos a dizer que tudo é culpa dos obsessores, tudo é culpa das trevas?

E a nossa omissão, a nossa frieza e a nossa indiferença onde é que ficam?

Desculpem, mais uma vez, mas o que falta no movimento espírita é vergonha na cara.

Vejamos com o que muitos espíritas estão preocupados:

Em ocuparem seus tempos com escritos intermináveis combatendo a obra de J. B. Roustaing, só porque ela traz alguns conceitos que não combinam bem com a forma como eles entendem a doutrina. Vejam bem, gente: não se trata de obra que ensina ninguém a matar, a roubar, a praticar aborto, a fazer tráfico de drogas, a ser estelionato e a cometer atos maléficos ou imorais, trata-se de uma obra que apenas diz que o corpo de Jesus foi fluídico e outras coisinhas a mais de interpretação um pouco diferente.

Em ocuparem seus tempos a atacar Carlos Bacelli, Wanderley Oliveira, Robson Pinheiro e outros confrades, também pessoas honestas, também homens de bem, também trabalhadores da causa espírita, só porque em seus livros eles escrevem coisas que possam ser diferentes daquilo que nós entendemos como verdades.

Em atacarem Ramatis, Pietro Ubaldi e outros espíritos que, nos seus sagrados direitos de expressão, também emitirem opiniões, também fazem colocações que não coincidem com tudo o que pensamos e da forma como pensamos.

O nosso movimento espírita tem gente que chega ao ponto de combater veementemente, boicotar, sabotar, proibir e até ODIAR, por incrível que pareça, esses confrades que apenas falam algumas coisas que não coincidem cem por cento como pensamos.

Outros palhaços, preocupados com grupos que cobram taxas em eventos espíritas, para manter obras, em suas mentes venenosas e maldosas só conseguem conceber como se alguém tivesse querendo “ficar rico, à custa da doutrina”, posto que as inteligências de minhoca não conseguem ver boa intenção em ninguém.

Perguntemos: Por que não utilizam dessa mesma energia, dessa mesma valentia e dessa mesma determinação para lutarem na política brasileira, contra as verdadeiras mazelas que envergonham o país?

Uai, cadê a valentia?

Só conseguem ser valentes na hora de proibir e boicotar obras de confrades? Na hora de proibir expositores de falarem em seus centros? Na hora de enviarem cartas ou e-mails reservados e sigilosos a outros centros, carregados de venenos, recomendando que levem confrades à fogueira ou à guilhotina?

Isto e zelo pela doutrina ou é atitude extremamente calhorda, canalha, covarde e sem vergonha que já deveria ter sido abolida, há muito tempo, do nosso movimento?

Se esconder atrás da hipocrisia e do falso moralismo, resumindo um companheiro como simplesmente “polêmico”, porque está disposto ao diálogo e ao convite a discussões de assuntos com mais profundidade e menos sofismas, é manter um estado de calma ou é uma tremenda covardia e ridícula omissão por incompetência para enfrentar os problemas cara a cara?

E ainda vêm dizer, na maior cara de pau do mundo, que a iminente legalização do aborto no Brasil é simples ação das trevas?

A pior treva que existe em nosso país é a da omissão daqueles que pegam a tribuna para falar em amor, em paz, em fraternidade, em “deixe nascer” e em caridades sem que, no fundo e na prática, não fazem nada disto.

Como diz o Boris Casoy: Isto é uma vergonha!

Quero pedir aos meus amigos espíritas, com todo carinho que todos são merecedores e que tem os seus direitos de expressão, como eu tenho os meus:

Me mandem os e-mails que quiserem, falando sobre tudo, dando opinião sobre tudo, mas, pelo amor de Deus, me poupem de e-mails comentando esta decisão sobre o aborto no Brasil, com esse papo furado e ridículo de que foi simplesmente ação das trevas, porque eu não sou um espírita tão burro assim para acreditar numa coisa desta.

Isto é só o começo!

Quem viver verá, o que virá em nosso país daqui pra frente.

Por enquanto muitos espíritas estão diante apenas de um texto deste “polêmico”, mas amanhã, podem estar preparados, porque no mundo espiritual, diante das prestações de contas que todos nós seremos convidados, todos vamos ver quem de fato será polêmico.



Indignadamente

         "O futuro do Espiritismo será aquilo que os espíritas fizerem dele".


Alamar Régis Carvalho - Analista de Sistemas, Escritor e AINSF DINASTIA - São Paulo, SP
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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Aos professores e críticos da educação! E a todos brasileiros cultos e inteligentes!!!!!!‏

Abaixo envio uma cópia da carta escrita por uma professora, que trabalha no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja. Esta carta é uma resposta a uma reportagem em que a jornalista defende a idéia de que as aulas sejam cronometradas a fim de medir o tempo que o professor fica em sala de aula e o tempo em que "efetivamente está dando aula". Peço, por favor, que a repassem. Vale a pena ler. 

RESPOSTA À REVISTA VEJA

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador. 
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola. 
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina. 
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso. 
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração; 
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 horas semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças ocorridas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”. Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares. 
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos. 
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante É QUE HÁ DISCIPLINA. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. 
Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo!
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!! 
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas. 

(...)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Equipe da CEFAPRO de Sinop ministra curso de formação em Lucas do Rio Verde

Hoje e amanhã (28-05) dois instrutores do CEFAPRO (Centro de Formação e Atualização de Professores) de Sinop estão ministrando um curso de formação para os professores e profissionais da educação da escola Dom Bosco. O tema é Tecnologia na Escola – Estratégias e Possibilidades, que mostra formas de aliar tecnologia à evolução da metodologia usada na educação. Os formadores Jeferson Lucas Zanin e Élidi Pavanelli Zubler apresentam aos professores várias formas de usar a Internet como mais uma ferramenta de trabalho para potencializar a aprendizagem e também a utilização de novas metodologias nos ambientes educativos que a rede oferece.

Blogs, podcast, vídeos, webquests, redes sociais, jogos, Wikipédia, aplicativos do Google, chats, vídeo conferência, audiobooks dentre tantas outras maneiras de trabalhar com os alunos foram apresentadas aos docentes, bem como vídeos de professores que já utilizam amplamente a tecnologia em suas áreas. O curso de formação se encerra amanhã, por volta do meio-dia.